segunda-feira, 28 de novembro de 2011

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Braço do abraço


envolto no corpo

dengoso com o 


sopro no pescoço


assopro do hálito


amoroso saboroso 


agarro este moço


no amasso poderoso


fogoso gozo muito


gostoso.........







Rosa Rios de Lucas.

Porre

Uma dose


um gole

no esôfago


a queimar


doce suave


danada cachaça


de cana caiana um


minuto de seu nome


me embriago ....





Rosa Rios De lucas.




Arribaçã

Dorso pardo
fonte de alimentação
sendo protegida
com fiscalização
na escuridão da noite
esta ave do sertão.


Arribaçã pomba 
pequenina voando
por toda extensão
dentro do meu coração.


Arribaçã com o
bico procura sua 
maçã .


Riba, ribaçãozinho
dengoso gostoso
em seu ninho
aninha nos braços
envoltos em seu
corpo de menino 
os afogos de amor.





Rosa Rios de lucas.

Vazio

Dia esse morto vai
outro vem.........
vivo padeço
dia a dia corrijo
em pranto passado
conforta senzala
fugitivo escravo
em agonia choras e
se aprimora renascendo
junto a aurora o pranto
que devora outrora
neste mundo medonho
o sonho se desfaz
ficando nada mais
nas trevas condenado
desgosto o frio da alma
melancólica memoria
indo embora por ai afora
esperando sonhada hora
chegada de minha gloria.

Detenho nos túmulos essa
história na vida transitória
desenganos de dor lamento
engano reclamo com a morte
desta agonia o fim com
ampulheta degolo algoz
covarde tirano que lhe
arranco o coração com
minhas próprias mãos.


Rosa Rios de Lucas.


Odio

ampulheta do tempo


vai se esvaindo em 

grãos de mão em mão


se desfazendo na multidão


o crime perfeito sem


espera do perdão no


arrancar do coração.