segunda-feira, 24 de outubro de 2011

PRAZER

Fui posto dentro da água

morna do banho, despido

com delicadeza de minhas 

roupas, a cabeça cuidadosamente

encostada na borda ladrilhada.

Deixei os braços boiarem na água

senti a água lambendo meus ombros

ela apanhava punhados de água 

para me banhar, primeiro banhou o meu

rosto e depois o resto. Seus dedos macios e sedosos
passavam em meus segredos.


E enquanto a carne comichava e latejava

de olhos fechados , rendi-me ao prazer sinistro

e paralisante daquilo.

Ela tornou a me tocar, afagando suavemente 

minha virilha, minhas partes íntimas, examinando primeiro 

uma perna, depois a outra, procurando subtilmente o objeto 

do prazer.

Novamente aqueles calafrios de arrepios me dominaram 

Senti que me tiravam da água, embrulhavam 

em panos quentes, e depois senti aquele vento 

que significava que ela estava me carregando, que se movia

mais rápido do que qualquer espião poderia ver.

Senti meus pés nus pisarem o chão de mármore,e, com a febre

que eu tinha, esse choque frio era muito gostoso.

Figuras fustigadas pelo vento
raízes que procuravam
o belo e desespero
Deus apolo
metamorfose fatal
consegui lhe dar
Este é o único sol
para ver uma luz
estrelas distantes
milênio de noites
estrelas distantes
uma luz celestial

.......g..o.o....z.....e..I.....I



RODRIGO RIOS DE LUCAS.



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